sexta-feira, 1 de março de 2013

De Pupa a Borboleta

Local  e dia de Empupamento: Brinquedoteca Bumerangue, 18 de fevereiro
> Transferida para outro lugar dia 19 de fevereiro
> A Borboleta saiu dia 1 de março


Familia: Nymphalidae
Subfamilia: Morphinae
Tribo: Brassolini
Espécie: Opsiphanes invirae





Não sei se era brincadeira ou não, mas ameaçaram destruir a pupa que estava na janela, por isso desgrudei ela com uma faquinha. Eis a questão: Onde coloca-la?
Well, peguei uma cola quente, copinhos de café, palitos de sorvete, barbante e argila e improvisei uma armação que desse sustentação ao casulo. Foi o melhor que meu cérebro conseguiu fazer em poucos minutos.
Ontem a noite reparei que a pupa estava diferente. Quando a luz passava dava para ver uma mancha preta e uma mancha laranja. Empolguei total!
Quando deu 5h20 da manhã despertei e ouvi uns estalos. Achei que era minha amiga fazendo barulho em quanto dormia, mas logo desconfiei que era muito estranho ser ela.
5h40 eu já não aguentava mais ficar sem saber se o barulho era da borboleta, abri a janela e deixei a luz entrar. 
Uma borboleta marrom com desenho de olhos na asa estava paradinha fora do envolucro.
Passei um bom tempo observando. Algumas vezes ela abria a asa um pouquinho, mas na maioria das vezes ficava parada. As 6h30 ela esguichou um liquido laranja, que caiu no potinho de café que eu sempre deixava em baixo da pupa para o caso de ela cair.  

Fui tomar banho, tomar café da manhã, etc... voltei mais tarde para o quarto e ela continuava paradinha esperando suas asas secarem para que pudesse ir embora. 
Quando foi 8h15 ela ficou mexendo a espirotromba, que é a trombinha em espiral que ela usa para se alimentar.
Quando foi 8h26 os pintores começaram a lixar o lado de fora da minha janela e o barulho ficou alto. A borboleta começou a tremer a asas a toda frequência, deu uma andadinha e saiu voando pelo meu quarto.
Levantei e saí correndo atras dela, pois de alguma forma ela tinha que ir para fora de casa... só que as janelas estavam fechadas por causa dos pintores.
 Coloquei o dedo perto dela e ela subiu!
Levei até o quarto da minha mãe para colocar ela em uma janela que não tem tela, mas ela acabou voando pelo caminho e sumindo.
 Achamos ela atras da porta. No chão é mais difícil de pegar (como a asa está novinha, não se deve pega-la pela asa), por isso coloquei um papel higiênico perto das perninhas dela e fui passando-o por baixo até que ela estivesse firme nele.

Fui vagarosamente, mas com longos passos até o quintal, pois ela não estava preparada ainda para voar pela janela. Na tentativa de colocar-la no pé de boldo fui vitima do ciumes da minha gata Cici, que encravou a unha na minha perna. 

Com o grito a borboleta assustou e foi para as folhas, onde continuou o processo de secar as asas. 

Eu e a Laís demos o nome para ela de Dadiva Invi.
Deu para identificar a espécie pela parte de dentro da asa, mas infelizmente a maquina fotográfica é muito lerda. Felizmente filmei a soltura da borboleta.
Para acessar o vídeo clique AQUI

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

É só uma mosca...

É comum ver moscas zanzando por aí.... mas você sabe quem elas são e porque estão perto da sua casa?

 Conhece-las pode, muitas vezes, desvendar casos criminais.
Um dos primeiros casos de entomologia forense registrados ocorreu na china (1235, Sung Tz'u): Houve um assassinato em uma Vila. Todas as foices, de todos os trabalhadores foram analisadas: nenhuma continha sangue, pelo menos não aos olhos humanos. Após um tempinho no sol, as moscas começaram a pousar em uma das foices: era indicio de que ali havia sangue.

 Muito provavelmente você não vá desvendar nada importante sabendo quais moscas habitam sua casa, porém conhecer seus hábitos podem prevenis acidentes, como por exemplo estar cultivando moscas de berne ou de bicheira em seu lixo.
Foi o que acontece aqui em casa: 

A Jude, minha cadela, apareceu com um calombo feio na pata traseira. Nós passamos anti-séptico, mas não resolveu nada. Ontem fiquei perturbando todo mundo, implorando para leva-la ao veterinário e isso foi a salvação. Tiraram duas bernes (larva) da pata dela... e a terceira não quis sair. 

Poderíamos ter evitado isso sabendo que a Musca domestica (a mosca da imagem), comum no nosso quintal é um díptero forético (vetor) da Mosca-Varejeira (Dermatobia hominis).
 Isso quer dizer que D. hominis (aquela verde metálica que fica parada, voando no mesmo lugar) capturam outras moscas (chegam a 50 espécies diferentes), as imobilizam e depositam seus ovos na parte latero-ventral do abdomem delas. Durante 8 dias os ovos da Mosca-Varejeira ficam se desenvolvendo na outra mosca, como a Mosca-Doméstica. Dado esse tempo, no pousar da mosca, as larvas passam para o hospedeiro, como por exemplo eu, você, a Jude ou qualquer outro animal.
As larvas penetram na pela intacta e formam um nódulo (figura em preto e branco), na qual vão aumentando de tamanho e amadurecendo por volta de 35 a 42 dias. 
Passado esse período de desenvolvimento as larvas maduras abandonam o hospedeiro, normalmente a noite ou de madrugada, e caem no solo para virarem pupa (em média um mês) e depois emergir como moscas adultas, sendo que  viverão mais ou menos 3 dias.


Resumindo, passarei a cuidar melhor do quintal para evitar a presença de moscas, sejam elas quais forem, porque eu não quero ninguém em casa com berne... mas continuarei estudando, para o caso de precisar entender o que as moscas a minha volta estão dizendo com sua presença.


Referência: BORJA G.E.M. Erradicação ou manejo integrado das miíases neotropicais das
Américas? Pesq. Vet. Bras. 23(32):131-138, jul./set. 2003

Link: http://www.scielo.br/pdf/%0D/pvb/v23n3/a06v23n3.pdf


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Oscar e o Feijão-Bolinha

O Oscar Mokujin, meu boneco de madeira, estava entediado e por isso passava muito tempo do seu dia comendo.

Por isso, seu irmão teve a ideia de ambos plantarem um Feijão-Bolinha. 

 Eles pegaram um potinho de vidro;

Colocaram algodão;

Colocaram o Feijão-Bolinha em cima do algodão;

E molharam um pouquinho.
 Isso foi dia 19 de janeiro.

 No dia 20 de janeiro o Feijãozinho estava enrugado no lado de cima;

E perdeu a cor verdinha do lado que encostava no algodão.

Dia 22 saiu a radícula (uma pontinha de raiz).

No dia 25 de janeiro, o Feijão-Bolinha brotou.
Veja! A raiz e o caule já estão do lado de fora!

Dia 26 de janeiro ele já estava muito grandão!

A raiz ficou grande;

Os cotilédones apareceram (reserva de comida da planta);


Caiu o Tegumento (Casca);

E começou a aparecer o folíolo (quase uma folhinha).

Dia 28 de janeiro o Oscar Mokujin (O.M.) foi na Webcam mostrar para os amigos dele que a planta já estava grande e com folhas grandes.

Hoje, dia 31 de Janeiro o pé de Feijão-Bolinha já está maior que o O.M!!
Deêm uma olhada na foto anterior. Tem um palito, bandaid e barbante. É que a Jude (cão da foto) deu uma mordidinha no pé de feijão, quando ele estava no quintal tomando sol.
Foi o irmão do O.M. que colocou os Bandainds, mas planta não precisa disso quando se machuca. Agora, eles vão planta-la no jardim e esperar começar a dar a vagem, cheia de Feijões-Bolinha!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Estudando Biologia

Quando você estava no colégio você se empenhava em estudar?
Agora que está na faculdade você tem dificuldades  nas matérias básicas de Bio?
Se não, ótimo!
Se tem, confira esse site, ele tem um estudo básico muito divertido e fácil de entender.
Caso você que está lendo, não tenha saído do colégio ainda, aproveite e estude por aqui!!!

WWW.PLANETABIO.COM

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Transparentes e Luminosos

      Um emprego interessante em que um biólogo pode atuar é  fotografia da natueza.
Alguns conseguem trabalhar como autônomos e vender suas fotos (área que está complicada, devido ao avanço da internet e a concorrência com as fotos amadoras e as câmeras digitais ), outros conseguem entrar ou vender para revistas.
As fotos costumam ser muito importante na documentação de espécies e muitos fotografos da natureza se especializam em documentar grupos seletos de animais, plantas e até mesmo paisagens.
Um exemplo é o fotografo Joshua Lambus que fez um incrível trabalho sobre animais luminósos nos mares do Havaí.
Segue abaixo a reportagem da BBC sobre ele e seus animais lindos, transparentes e luminósos!


"O fotógrafo Joshua Lambus, de 25 anos, costuma documentar minúsculos animais marinhos luminosos no Mar do Havaí durante mergulhos em águas profundas na região.
A coleção impressionante de imagens produzidas por Lambus inclui águas-vivas, polvos, lulas, camarões e diversos tipos de peixes brilhantes. Boa parte deles tem até quatro centímetros de comprimento.
Os animais foram encontrados a grandes profundidades na costa da ilha Havaí, a maior do arquipélago.
Segundo Lambus, as fotos são tiradas em mergulhos noturnos. De barco, ele vai até cerca de cinco quilômetros longe da costa e mergulha na completa escuridão.
O fotógrafo acumula imagens feitas durante mais de 400 mergulhos em águas profundas.
Ele diz que "falta de luz e de referências é o mais próximo que posso imaginar de estar no espaço".

As lindas fotos de Joshua se encontram no site da BBC no link que segue.

FONTE: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/04/110413_galeria_animais_luminosos_cc.shtml

terça-feira, 26 de abril de 2011

Meiose

Animação de Meiose usando doces!



Extraindo DNA em casa!



Mendel ficaria feliz se alguem tivesse mostrado isso para ele!


DNA de ervilha

Materiais necessários
  • Ervilhas secas (aproximadamente 100 ml)
  • Sal
  • Água
  • Amaciante de carne, suco de abacaxi ou solução limpadora de lentes de contato (fornecerão as enzimas).
  • Um liquidificador
  • Uma peneira
  • Recipientes apropriados (copos, béckeres, etc.)
  • Álcool 96º G.L. gelado
  • Um cronômetro (relógio).
Objetivos
Extrair o DNA (ácido desoxirribonucleico) de células de ervilha, através de um método simples e acessível, demonstrando assim a materialidade desta substância.
Procedimento
  • Coloque a quantidade de ervilhas que vai usar de molho em 100 ml de água por, no mínimo, 30 minutos.
  • Coloque as ervilhas, junto com sua água, no liquidificador. Coloque uma pitada grande de sal e mais 100 ml de água. Bata bem, por 15 segundos, na potência máxima.
  • Passe sua sopa de ervilhas pela peneira, recolhendo o filtrado.
  • Adicione em torno de 1/6 de detergente (em relação ao volume da "sopa"). Isto deve dar em torno de 2 colheres de sopa. Misture e deixe descansar por 5 a 10 minutos.
  • Após este período, coloque a sopa em recipientes, preenchendo-os até 1/3 de sua capacidade (divida em 3 ou 4 recipientes menores).
  • Coloque uma pitada de amaciante de carne e misture devagar. Cuidado ao misturar pois o ADN pode ser quebrado facilmente. O amaciante pode ser substituído por suco de abacaxi (filtrado) ou solução limpadora de lentes de contato. Use o suficiente. Deixe descansar por 5 minutos.
  • Pegue os tubos (ou copos, etc.) e incline-os, derramando álcool gelado pela parede do recipiente. Coloque aproximadamente o mesmo volume de álcool que asopa de ervilhas. O ADN deve subir para a camada alcoólica e pode ser "pescado" por um palito de madeira ou outro tipo de gancho.
Extraído de http://gslc.genetics.utah.edu/units/activities/extraction/ e desenvolvido pelo programa Natural History of Genes, custeado pelo Howard Hughes Medical Institute, da universidade de Utah.(tradução: Miguel de Oliveira). Para detalhes sobre a função de cada ingrediente e para o conhecimento básico de biologia envolvido, visite a página do Genetic Science Learning Center.


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Extração de DNA de mucosa bucal




1. Bochechar aproximadamente 10-15ml de água com açúcar (3%, uma colher de chá de açúcar em meio copo de requeijão. Uma quantidade maior de células pode ser obtida fazendo um raspado da mucosa com uma espátula de madeira).
2. Acondicione em um tubo cônico com tampa o volume obtido do bochecho (apenas 5ml) e adicione uma pitada de sal de cozinha (para aprox. 1% final).
3. Adicionar algumas gotas (5-10) de detergente diluído à 25% (1:4) e homogeneizar vagarosamente.
4. Aquecer a 55oC por 10 min. Resfriar 5 min no gelo.
5. Adicionar álcool gelado (absoluto se possível) pelas bordas do copo lentamente, com o auxílio de uma colher de sopa, até que se alcance pelo menos 1cm de espessura.
O DNA (massaroca esbranquiçada) deverá formar um aglomerado e subir.



Extração de DNA de cebola na cozinha

1. Pegue ½ cebola em cubos (como no espaguetti). Pode se utilizar um liquidificador ou mixer quando disponível.
2. Adicionar 50ml de solução de lise (1 colher de sopa de detergente +1 colher de café de sal de cozinha). Elevar o volume com água da pia.
3. Aquecer a 55oC por 10 min. Resfriar 5 min no gelo.
4. Passar a solução em um filtro de café. Opcional: Ao filtrado, adicionar uma pitada de amaciante de carne.
5. Adicionar álcool gelado (absoluto se possível) pelas bordas do copo lentamente, com o auxílio de uma colher de sopa, até que se alcance pelo menos 1cm de espessura
Será que funciona com outra amostra: ervilha, morango, Yakult, fermento biológico... Por que você não tenta em casa?
Quais são as dicas do "Chef"?
Compare os dois métodos. Quais são as semelhanças e diferenças? Como esse processo funciona?
Como age o detergente?O detergente dissolve lipídeos e proteínas rompendo a célula.
E a temperatura, o sal e o álcool?A temperatura elevada (55oC) inativa as DNAses (enzimas que degradam o DNA) e auxilia a dissolução da membrana celular.
O sal (NaCl) possibilita a precipitação dos ácidos nucleicos em solução alcoólica, porque ele bloqueia a eletronegatividade do esqueleto fosfato-açúcar e favorece a aglomeração das moléculas de DNA.
Como DNA não é solúvel em álcool, quando este é adicionado à mistura, todos os componentes da mistura, exceto o DNA, permanecem em solução, enquanto o DNA precipita na camada alcóolica.

Atenção aos cientistas cozinheirosOs materiais utilizados podem ser perigosos se ingeridos e devem ser manuseados com extrema cautela. O álcool é inflamável e deve ser mantido longe do fogo.

FONTE: Desenvolvida para o evento Genes no Parque, em comemoração aos 50 anos da descoberta da estrutura do DNA, a atividade DNA na Cozinha foi coordenada por Milton O. Moraes e contou com a participação inestimável de Alejandra N. Martinez, Cláudia F. Alves, Diogo Coutinho, Guilherme Mattos, Patrícia R. Vanderborght, Rocio Saavedro-Acero, Sidra E. Vasconcellos e Viviane M. Câmara. Todos os integrantes desenvolvem atividades de pesquisa no Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz. Os procedimentos foram desenvolvidos a partir de métodos do laboratório ou descritos por outros autores, segundo o livro Biologia Molecular na Prática Médica e Biológica, de Milton º Moraes




Fonte Geral: Ministério da Saúde